O novo urbanismo trata-se de um conceito que busca transformar a sociedade através de hábitos de vida mais saudáveis, sustentáveis e que valorizam o senso de comunidade e coletivismo.
Surgimento do conceito
Em 1996, diversos profissionais lançaram a Carta do Novo Urbanismo com o objetivo de formalizar os princípios para orientar políticas públicas, práticas de desenvolvimento, planejamento e desenho urbano.
A carta contém 27 ideias organizadas em 3 tópicos que orientam o movimento. Consequentemente, este movimento propõe um planejamento minucioso de cada aspecto do projeto, com o objetivo de atender todas as necessidades da comunidade em seu cotidiano.
“A região: metrópole, cidade e vila”
O primeiro tópico da carta descreve a metrópole como um conjunto de cidades e municípios, cada um com seus próprios limites e centros.
A partir disso, é defendida a necessidade de uma relação (social, econômica e cultural) sensível entre a metrópole e o meio rural. Ou seja, a cidade não deve tomar decisões que ultrapassem seus limites e prejudique a área rural, estando sempre integradas e beneficiando ambas.
“A vizinhança, o bairro e o corredor”
Após definir os limites da metrópole, o novo urbanismo retrata a importância da vizinhança, bairro e corredores (ligação entre esses termos) para o desenvolvimento da cidade.
“Estes elementos formam áreas identificáveis, que encorajam os cidadãos a tomarem responsabilidade pela sua manutenção e evolução.”
Além disso, é fundamental enfatizar a importância de incentivar atividades cotidianas realizadas a pé, por meio do planejamento desses espaços de maneira inclusiva. Isso permite que todos os membros da comunidade tenham maior facilidade e praticidade, além de reduzir os impactos do intenso tráfego de veículos automotores.
Também é defendido que a variedade de tipologias habitacionais seja promovida para aumentar a inclusão e os vínculos pessoais e cívicos entre as pessoas por meio do contato próximo e diário, bem como para a concentração de atividades institucionais, comerciais e de lazer com fácil acessibilidade.
“O quarteirão, a rua e o edifício”
Por fim, no último princípio destaca a importância de ruas e espaços públicos serem seguros, acessíveis e receptivos, necessitando da integração de todas as construções e movimentos da cidade.
Outras características do Novo Urbanismo:
- Inclusão social;
- Mobilidade urbana;
- Desenvolvimento econômico sustentável;
- Conectividade;
- Resiliência urbana;
- Participação comunitária.
Por fim, o Novo Urbanismo é um movimento que se concentra no design urbano e defende a ideia de que o ambiente físico tem um impacto direto na qualidade de vida dos moradores.
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